sexta-feira, 5 de março de 2010

Precisamos de mais mulheres no política

O Inter-Parlamentary Union, fórum que reúne os poderes legislativos de 143 países, divulgou sua última pesquisa indicando a participação de mulheres nos parlamentos nacionais entre seu associados, tanto na câmara baixa, quanto na câmara alta, quando esta última existe.

Vergonhosamente, o Brasil ainda apresenta uma participação muito pequena de mulheres entre parlamentares, onde apenas 8,8% dos representante da Câmara de Deputados são deputadas. Como esse índice, ficamos apenas com a 110.ª posição entre os 143 associados. Dessa forma, ficamos atrás de países considerados "machistas" pelo senso comum, como o Japão (97.º com 11,3% de mulheres na Câmara Baixa), Índia (99.º, 10,8%) e Coréia do Sul (84.º, 14,7%). E ainda ficamos bem longe de países com maioria muçulmana como a Síria (93.º, 12,4%), Indonésia (69.º, 18%), Emirados Árabes Unidos (47.º 22,5%) e Iraque (38.º 25,5%). A média mundial, no caso de câmara baixa ou unicameral, é de 19%. E ficamos ainda abaixo da média dos países árabes e da África Subsaariana.

Isso sem dúvida mostra que ainda existe muita coisa a ser feita para que o nosso parlamento realmente represente, de fato, os anseios de nossa sociedade, bem como sua diversidade. Não tenho a menor dúvida que o poder legislativo, da forma como está, defende apenas os interesses de uma minoria masculina, branca e extremamente elitista.

O único país onde as mulheres são maioria na casa baixa do parlamento é a Ruanda, onde elas representam 56,3% dos deputados. Logo depois vem a Suécia, onde 46% dos representante na câmara baixa são mulheres. Entre os países latino-americanos, o melhor posicionado é Cuba (4.º, 43,2%), seguido da Argentina (11.º, 38,5).

Veja a lista completa aqui.