terça-feira, 30 de setembro de 2008

Equipe da USP produz primeira linhagem brasileira de células-tronco embrionárias

Esse é o título da matéria da Folha Online sobre uma pesquisa que conseguiu reproduzir, pela primeira vez, uma linhagem de células-troncos embrionárias. Apesar das pressões de setores conservadores da sociedade, da patrulha católica, o financiamento as pesquisas não cessou e por isso (que pena), tiveram que continuar as pesquisas.

Infelizmente, as possibilidades futuras de tal pesquisa não calam as papa-óstias. Vide o comentário, no final da matéria, de uma católica apostólica romana que crê na "Santíssima Trindade, Deus-Pai, Deus Filho e Deus-Espírito Santo, em Maria mãe terrena de Jesus e por adoçã, de todos os seres humanos" (caramba, ela acredita em muitas coisas).

Vamos fazer a Soninha ganhar do Maluf...

Do blog Gravata Merengue.

CAMPANHA: VAMOS GANHAR DO MALUF!

Ok, a Soninha não vai ganhar a eleição. Os políticos nunca trabalham com essa hipótese. A arrogância da classe política faz com que eles jamais admitam isso, mesmo com 1, 2 ou 3%. Soninha tem, hoje, 5%. Maluf tem de 6 a 7%. Na margem de erro, estão empatadíssimos.

Minha meta - é minha, não dela nem de ninguém ligado à campanha - é que ela ganhe dele. Só dele. Pode ser uma perspectiva mesquinha, ou algo assim, e eu honestamente quero mais é que se dane.

Mas é uma grande satisfação pessoal! Trabalhei quatro anos num gabinete, e é gratificante demais saber que, agora, tenho a chance de ver a mulher com quem trabalhei ENTERRAR de vez esse cadáver político. Vamos sacanear o Maluf, vamos enterrá-lo, vamos fazer sua candidatura seja humilhada em uma derrota para a Soninha, que faz uma campanha quase sem grana!

Com a ajuda de uma amiga de quem gosto demais e cujo nome manterei em sigilo porque não quero enguiço pro lado dela, fiz o banner abaixo e também o baguláits pra colocar nos blogs e sites.

Mais abaixo, links da campanha da Soninha e, no dia 05/10, é só sentar o dedo no 23 e mandar o Maluf pro inferno. Vamos ganhar do Maluf! É bem mesquinho, mesmo. Não tem nada de edificante, nada de propositivo, nada de legal nem de bonitinho nisso. É péssimo, deplorável, feio, bobo e cara-de-melão.

Mas não tem preço!

Não há dinheiro nenhum que pague o sepultamento desse covarde que, no debate de ontem, usou e abusou dos piores expedientes e, ainda assim, levou uma elegante SURRA da Soninha.

VAMOS GANHAR DO MALUF, PORRA!

Além mar....

São 3 da manhã e sou acometido por uma terrível insônia. Simplesmente não consigo dormir. Pois decido dar uma olhada no site português Menos Um Carro, um blog que, assim como sua contraparte brasileira, Apocalipse Motorizado, denúncia os problemas de uma sociedade extremamente motorizada. Eis que me deparo com um texto extremamente conciso e ao mesmo tempo direto sobre a relação que existe entre as opções políticas e o uso da bicicleta. Sem dúvida, muitos de nós escolhe a bicicleta como meio de transporte apenas por questões pessoais, tais como saúde, tempo de deslocamento, economia "individual", mas há também os que optam por questões e posições políticas. Sim, a bicicleta representa uma opção ecologicamente correta (num mundo onde aquecimento global virou tema de botequim), mais humana (numa sociedade que naturalizou a forma como ocupamos as ruas nas grandes cidades), bem como mais econômica para a sociedade.

Enfim, espero que o texto que se segue leve a reflexões de como nossos atos cotidianos têm implicações sobre a sociedade que vivemos. Estarei eu super estimando nossas escolhas? Não, pois, como indivíduos dentro da sociedade, influenciamos os que estão ao nosso redor. Sim, acredito que a despeito das decepções da política partidária, continuamos a ser o Homo politicus, vivendo a Política (com p maiúsculo) todos os dias em ações mínimas.

Bem, chega de encher lingüiça... o texto, de 24 de setembro do blog Menos um Carro

"A bicicleta é política

A semana da mobilidade findou há poucos dias. Foi impossível não reparar na avalanche de notícias que assaltaram os jornais, a rádio e a televisão; algumas reportam escolhas individuais de pessoas que optaram pela bicicleta como meio de transporte; outras, anunciavam programas ambiciosos de apoio à circulação da bicicleta por várias autarquias ou programas mais abrangentes de apoio à mobilidade, complementando as ciclovias com a implementação de zonas 30 ou uma linha de transportes públicos mais robusta.

Poderá afirmar-se também que o dia sem carros, no dia 22 de Setembro, constitui o píncaro duma semana em que o objectivo é precisamente demonstrar que a possibilidade duma comunidade funcional e aprazível não está necessariamente vinculada à existência de carros.
E no entanto todas as medidas, quando assomam assim abruptas, numa semana que lhes está consagrada, pecam por serem apenas propaganda e prometerem o futuro. É digno e salutar que os órgãos de poder sublinhem e promovam alternativas à mobilidade, mas enquanto a semana de mobilidade for uma semana de excepção continuaremos a ir a reboque dos dirigentes ou a desaguar em queixumes comiserados. O exemplo tem que partir dos próprios cidadãos e do pleno exercício dos seus direitos; e esses direitos obrigam à participação na vida pública e à exigência contínua duma melhor qualidade de vida.
E é nesta questão que o simples acto de escolher como cada um pretende deslocar-se envolve várias considerações não negligenciáveis. Andar de bicicleta não é só escolher o mais sustentável e quiçá o mais elegante dos transportes; é também não andar de automóvel. Ou seja, ao pedalar até ao meu destino escolho minguar a minha participação na exploração de um recurso finito e que além de poluente está na génese de inúmeros conflitos geopolíticos; escolho reduzir a dependência energética do meu país, no qual o sector dos transportes afecta de modo determinante a carga energética associada à produtividade (estatísticas da Direcção Geral de Energia 2007).
A um nível mais local, não prejudico a ocupação do espaço público e contribuo para uma cidade mais saudável; não meço as ruas somente como locais de passagem mas como potenciais sítios de paragem. Acima de tudo não patrocino essa impúdica e desenfreada indústria que é a construção civil e todos os grupos de interesse que ela alimenta; todas as suas supérfluas edificações, estradas e futuras pontes e políticos que lhes estão associadas pela raiz mais podre: a corrupção e a promiscuidade entre empresas e partidos.
Sem fundamentalismos, sem demagogias, sem nenhuma grande narrativa que lhe esteja associada. A bicicleta é apenas o meio de transporte mais eficiente que existe hoje em dia e ao lhe aderirmos estamos simplesmente a ser racionais, pragmáticos e concretos. E no oceano de teorias, parágrafos e manifestos dos dias de hoje, é raro encontrarmos algo tão simples mas tão poderoso e que está já aqui ao nosso alcance."

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Liberal Midia Elite vs. Sarah Palin

Ah, os conservadores... Como eles insistem em atacar a elite liberal. O que a mídia liberal fez para receber tantas críticas da "Deep America"? Afinal, o que há de errado em ser anti-aborto (os conservadores preferem dizer pró-vida), pró-armas (prefiro dizer pró-morte), pró-pena de morte (ainda prefiro dizer pró-morte) e tão, tão religiosos. Bem, talvez o maior pecado dos conservadores tenha sido escolher como candidatata a vice-presidência uma hockey mom, caçadora (realmente no sentido de abater animais com um rifle), que governou uma cidadezinha no Alaska e o próprio Estado por dois (uau!) anos. Ok... ela tem experiência em relações internacionais (Eu consigo ver a Rússia da minha janela).

Mas vamos lá.... sou fã da "elite midiática liberal" (seja lá o que isso for) e sou fã de Saturday Night Live. E eles arrasaram com a paródia da entrevista que Sarah Palin concedeu a Katie Couric da CBS (na verdade, a própria Couric arrasou com Palin). Mas o mais incrível: como as duas entrevistas são parecidas. O original você assiste aqui.
A paródia segue abaixo.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Bicicletada do Dia Mundial Sem Carro


Pessoal, foi muito legal.
Ontem a Paulista foi o palco e ponto de partida de uma super festa. Uma festa mais humana, ecológica (apesar de, às vezes, achar que a palavras humano e ecologia não casam) e colorida. De pessoas conscientes dos problemas da cidade, que não dão bola para o mal humor de motoristas estressados.
Ontem foi a Invasão das Mil Bicicletas. A Bicicletada do Dia Mundial Sem Carro.
Mas foram mil bicicletas mesmo? Não. Ainda não. Segundo as contas do nosso amigo Mig, foram 490 pessoas com bicicletas, patinetes e até a pé. Mas valeu pela energia do pessoal, pela alegria de estar lá e não poluir, não ficar enfurnado em caixas de metal.
E também valeu pela visibilidade, já que parte da mídia (ok, não via Globo) foi conferir o que esse pessoal doido, que enfrenta o trânsito mais doido ainda de São Paulo de bicicleta, pode fazer quando se reunem coincidentemente no mesmo dia e local. Tinha MTV (não sei quem é o cara, nem se o programa que ele faz é sério), UOL, Folha de São Paulo. Tinha até candidata a prefeitura (valeu Soninha!).
Pena que algumas pessoas queriam estragar a festa, como o senhor doido na Picasso que queria furar a barreira na Paulista com a... esqueci o nome. Ou o carro que se enfiou no meio da massa (relato de segunda mão, pois estava mais a frente). Ou os inúmeros motociclistas que não entendiam como é legal pedalar. Mas para eles, um imenso "buuuuuuuuuuuu".
Fotos? Tem algumas aqui.
  • Meu fotolog
  • quarta-feira, 17 de setembro de 2008

    Dia Mundial Sem Carro




    Setembro. É mês da primavera, da Independência, e como é de costume desde 2002 em São Paulo, do Dia Mundial Sem Carro.

    Dia 22 reúna sua galera e venha se unir com pessoal hiper consciente e que sabe que as grandes cidades não comportam mais carros. Os motoristas impacientes, os usuários do transporte público, nossos pulmões, o meio ambiente, o papai, a mamãe, a vovó, o cachorro, o papagaio agradecem.

    Mais detalhes nos sites da Bicicletada (www.bicicletada.org) e do Movimento Nossa São Paulo (http://www.nossasaopaulo.org.br).

    Inaguração!

    Bem pessoal! Mais um blog na imensa blogosfera. Mas o que esse blog tem de especial? E qual o significado de "Tota urbs vincit"? De especial, nada e o que significa, bem... isso é com vocês. Deêm uma procurada na web ou tente traduzir a frase do latim.

    Mas qual o intuito ou qual o tema? Do que será feito o blog? Espero apenas escrever um pouco sobre a cidade, bem como da sociedade no geral do meu ponto de vista. Um ponto de vista liberal (na ótica política) , atacando o conservadorismo (é uma das coisas que mais gosto de fazer) e levando um pouco de ar fresco as mentes numa época e lugar onde aborto é crime e o pessimismo toma conta de todos. Isso mesmo. Também tenho um ponto de vista bem otimista sobre a sociedade e o nosso futuro.

    No entanto, otimista não quer dizer ingênuo. Pretendo atacar, e não terei piedade, todo o obscurantismo do conservadorismo.

    Legal, então será mais um blog político liberal? Não exatamente. Na verdade, será mais um exercício sobre a(s) cidade(s), e como isso afeta a vida das pessoas (aqui e no mundo). Talvez o que escreva não seja original, mas espero que faça o leitor pensar um pouco do mundo que o rodeia.

    Não entendeu? Ok, também está meio vago para mim. No entanto, minhas opiniões já estão bem claras para mim....