sexta-feira, 20 de março de 2009

Na terça, o trânsito...

Retirado daqui

Trânsito bate novo recorde na cidade de São Paulo: motoristas protestam
A cidade de São Paulo registrou ontem o recorde de lentidão do ano no período da noite: 201 km por volta das 18h55, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Com a ajuda da chuva, os motoristas disseram ter alcançado os objetivo do protesto e demonstrado sua força à sociedade.

A paralisação, que envolveu diversos setores da sociedade, contou com carreatas de motoristas com destino a diferentes pontos da capital. No dia de amanhã, mais e mais motoristas prometem aderir a paralisação.

Os manifestantes buzinam porém, negam o tí tulo de baderneiros: “Estamos criando empregos e fomentando a economia. Além disso, somos apoiados por grandes empresas e temos incentivos ficais” - disse um manifestante à nossa reportagem.

A manifestação, que ocorre todos os dias, é a única atitude que os motoristas dizem poder tomar diante da crise do petróleo e da sociedade do automóvel.

Questionados sobre os problemas ambientais da manifestação, os motoristas disseram não se preocupar com a quantidade de combustível queimado, nem com a natureza ou com a saúde: “Estamos apenas devolvendo, de forma natural, gases que pertenciam à natureza sob outra forma”.

“Temos nosso direito privado!”

A esta grande carreata somam-se fileiras e fileiras de carros e outros veí culos motorizados protestando pelo direito privado de se locomover. A proposta deste ato particular é tornar diariamente inviável a locomoção de todas as pessoas - motorizadas ou não.

“Nós queremos mostrar à população que a mobilidade urbana deve ser um direito de poucos” - disse um manifestante. Outro motorista, que a princí pio se recusou a abaixar o vidro, exclamou: ‘Se eu não posso, ninguém pode!’.

Para ampliar a “mobilização”, o movimento organizado faz diariamente intervenções midiáticas em diferentes jornais, revistas e canais de televisão, além de possuírem seus próprios dedicados meios de comunicação. Além disso, o governo e a prefeitura estão abertos as reivindicações e firmaram um acordo que garantirá aos manifestantes a estrutura para que as manifestações sejam cada vez maiores, garantindo as condições democráticas do direito a livre manifestação pela imobilidade urbana.

Uma importante liderança do movimento disse que a manifestação cotidiana é o único meio efetivo de afetar toda a população: “É somente através da imobilidade que alcançaremos novas soluções”.

A investigação de nossa reportagem teve acesso a diversos de seus panfletos, onde pode verificar que tais soluções variam entre a venda de carros maiores e mais confortáveis ou menores e mais ágeis. Um perito em mobilidade urbana escreve que “para os manifestantes mais conscientes(sic), a solução mais correta seria a compra de carros blindados ou a utilização de helicópteros.”

da reportagem local. Quarta-feira, 18 de Março de 2009

Excelente humor! 

terça-feira, 17 de março de 2009

São Paulo não é uma cidade plana. E daí?

Uma das justificativas para a não utilização da bicicleta como meio de transporte em São Paulo é a sua topografia. "São Paulo não é plana como Amsterdam" ou "São Paulo tem muito morros" são desculpas que ouço de pessoas que não querem aceitar o fato de que a cidade não comporta mais automóveis. E cada vez que leio, ouço ou vejo tal afirmação, a única coisa que vem à cabeça é preguiça. Bem, poderia desmascarar tal falácia com várias argumentos, mas invés disso, irei apenas traduzir um texto do blog Copenhagenize escrito por Mikael Colville-Andersen. Segue abaixo a tradução.


Existe um comentário que sempre vejo no Copenhagenize.com: "Pedala-se muito na Dinamarca e nos Países Baixos porque são países planos..."

Não estamos tentando desmascarar o mito de que esses países são planos. De fato, comparado com Andorra, eles são. Mas as características geográficas dessas duas nações, e suas capitais tem pouco a ver com o fato de tantas pessoas pedalarem por aqui.

É na verdade uma questão mais política e histórica. Quando a Revolução da Bicicleta 1.0 varreu o planeta no final do século XIX e início do século XX, todo mundo, em qualquer lugar do mundo industrializado, pedalava uma bike. A bicicleta libertou a mulher e a classe trabalhadora.

Na Dinamarca e nos Países Baixo, como em qualquer lugar, havia associações de ciclistas. Quando o ciclismo virou um esporte - fato que aconteceu rápido e com grande impacto - muitas dessas associações tiveram que competir com associações esportivas de ciclismo. Nos Países Baixos, a bicicleta era vista como uma atividade social para a povo, com muitos benefícios sociais. Eles até baniram as corridas de bicicletas por um tempo para preservar a bicicleta com parte integral da cultura.

Na Dinamarca, desde o início, a associação de ciclistas era bem organizada e politicamente ativa, e permaneceu assim ao longo do século XX. Nos dois países, as associações era poderosas e militantes da cultura ciclística e ela eram ouvidas.

E nós nos beneficiamos disso atualmente. É por ISSO que nós pedalamos, não porque as cidades são planas.

Para as montanhas!
Se nós estamos derrubando o mito dos lugares planos, simplesmente devemos ir para a Suiça. A cidade de Basiléia foi construída sobre encostas do vale do Reno e mesmo assim 23% de seus deslocamentos é feito de bicicleta.

E Berna, onde muitas vias têm inclinção de até 7%, esse índice é de 15%.

Sem falar de Oslo, Estocolmo, Gotemburgo e a segunda maior cidade da Dinamarca, Aarhus. Todos com relevos acidentados.

Na verdade, não existe muitas situações que impossibilitem o uso da bicicleta. Os únicos fatores climáticos que podem realmente dissuadir um ciclista seria chuva torrencial ou calor extremo.
Roupas apropriadas e infraestrutura no destino [chuveiros e vestiários, por exemplo] reduzem o impacto negativo de condições climáticas, o que é bem menos compatível com o ciclismo diário do que imaginado.

Subidas não são obstáculos insignificantes para ciclistas sem treino, usando bicicletas velhas e incompatíveis em cidades onde ladeiras com inclinação maior que 5º são longas e numerosas.

Mas, mesmo sob essas circunstâncias, existe potencial para o ciclismo, como se pode verificar em Trondheim (Noruega), cidade onde 8% dos deslocamentos é feito em bikes e é equipada com o primeiro elevador de bicicletas do mundo.

E sobre países planos como Dinamarca e Países Baixos... as pessoas nunca falam sobre o vento. O Mar do Norte adora nossos países planos e fará de tudo para derrubar-nos de nossas bicicletas. Em vão, gostaríamos de acrescentar, se pedalar para o trabalho com a gana de um furacão numa manhã escura de janeiro.

Não somos os únicos

E já que estamos aqui, vamos nos livrar do mito de que apenas Copenhagen e Amsterdam pedalam como o vento.

Vamos encarar esse fato: bikes são usadas regularmente em quase toda a Europa. Principalmente no Norte, uma vez que em parte do Sul do continente ela é vista mais como um brinquedo de criança ou um equipamento esportivo.

Então, vejamos as cidades da Europa frequentemente citadas como tendo alto índice de deslocamento em bikes[comparadas com outras regiões] .

Em Parma, na região italiana de Emília-Romanha, 19% das viagens são feitas de bicicleta. Para efeito de comparação, a cidade de Davis, na Califórnia, tem um índice de 17%, um dos mais altos dos EUA.

E tem Ferrara, também n
a Itália, cerca de 50km de Bolonha. Lá 31% dos deslocamentos entre a casa e o trabalho são em bikes.

E também existe
Västerås, no meio da Suécia. Gelado no inverno, e mesmo assim, 33% de viagens são em bicicletas.

Chove-se com frequencia em Cambridge, Reino Unido. Mas isso não desencoraja seu habitantes de fazerem 27% de seus deslocamentos sobre duas rodas com propulsão humana.

Muitas cidades alemãs também desfrutam de uma cultura da bike. Em Münster, 30% de todas as viagens são feitas de bicicleta. E agora que Berlin e Paris, sem mencionar Barcelona e outras cidades, estão investindo em infraestrutura ciclística, o uso de bikes na Europa está em rápido crescimento.Existe programas de bicicletas públicas em mais de 60 cidades e o número continua a crescer.

Não importa o tamanho
Muitas cidades norte-americanas são, de fato, dispersões urbanas mas também ouvimos pessoas comentando que de fato as cidades americanas são muito grandes para pedalar em comparação com cidades européias.

Claro, se você escolhe morar em um subúrbio distante, poderá percorrer grandes distâncias, mas não terá realmente muita diferença em relação a cidades com aproximadamente a mesma população.

E se realmente quer pedalar, você dará um jeito.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Até os norte-americanos

O EUA é o país mais motorizado do mundo e isso todos sabem. Mas até eles têm se rendido às bicicletas públicas. Seguindo o exemplo do parisiense Velib' (o mais conhecido, mas não o mais antigo), três empresas americanas criaram um programa que ambiciona cobrir boa parte das grandes cidades americanas de bicicletas. 




Sobre o B-Cycle. Por enquanto, apenas em Denver, Colorado.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Essa é boa...

Uma das últimas notícias sobre o Brasil que tem aparecido em jornais pelo mundo não tem nada a ver com a violência dos morros cariocas (apesar de ter uma boa dose de violência em seu cerne), nem sobre o carnaval recém terminado, muito menos  a Amazônia. É sobre o abuso, gravidez e o aborto de uma menina de 9 anos que foi estuprada pelo padrasto.

Não bastasse o drama das vítimas (a irmã mais velha também sofria abusos) e a covardia do crime, o arcebispo de Olinda e Recife d. José Cardoso Sobrinho excomungou a equipe responsável pelo aborto e mãe da vítima. E aparentemente, não haverá excomunhão do covarde que estuprou a menina. 

É impressão minha, ou mundo está de cabeça para baixo?

Pps. Para aqueles que não concordam com o arcebisp e querem se desligar da Igreja Católica ou mesmo que quere se desligar por qualquer outro motivo (batismo contra a vontade, não concordar com as idéias, opiniões e dogmas do Vaticano, etc) está rolando na web uma carta de desbatismo ou pedido de excomunhão.