sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Vamos dar nomes aos bois - parte II

Continuando a lista que comecei ontem, aqui estã os outros 5 senadores que votaram pelo arquivamento da acusações contra José Sarney.

Conhecido no Senado como Rolando Lero (pelos discursos longos e prolixos), foi líder da tropa de choque que absolveu Renan Calheiros (parece até padre, de tanto absolver os pecados alheios). Na época, relatou uma das representações contra o Senador alagoano, o que tratava da suspeita de que este faria parte de um esquema de desvio de dinheiro nos ministérios comandados pelo PMDB. Seu parecer? Recomendava o arquivamento do caso.

Mas a defesa do colega de partido não terminou por aí. Ele também impetrou um Mandado de Segurança (o de número 26920), no STF, pleiteando o direito "ao voto secreto e inviolável em todas as etapas do processo de cassação de mandato de senadores". Isso mesmo! Ele defendia o voto secreto no Senado.

A recompensa veio este ano, quando Calheiros, líder do PMDB na Casa, o presenteou com a presidência da Comissão Mista de Orçamento, a mais poderosa do Congresso. Sabe como é, né? Uma mão lava a outra.

Aparentemente, Rolando Lero pretende deixar o PMDB para se candidatar em 2010.

Tenho que admitir, não encontrei nada contra ele. Lógico que o fato dele ter sido chefe do Dops na época da ditadura é algo desabonador, mas, quem liga, né? Bom, eu ligo. No entanto acho que a média do brasileiro não liga muito para esse passado.

Não encontrei Twitter, mas tem a página no Senado e página dele (até que é o site é bonito)

Ferrenha defensora do Governo Federal na CPI dos Correios (aquela que deu origem a CPI do Mensalão), faz parte da tropa de choque de Lula em situações de crise.

Contra ela pesa uma investigação do Ministério Público devido a 398 outdoors que senadora espalho pelo estado de Santa Catarina. Aparentemente, os rendimentos de Salvatti não condizem com o tamanho gasto. No entanto, segundo sua advogada, ela teria condições para arcar com tais gastos, tendo feito um empréstimo R$ 80 mil junto a CEF, vendido dois carros e recebido contribuição do deputado federal Jorge Boeira (PT).

Pré-candidata ao governo de Santa Catarina, já admitiu que será "triturada" nas eleições do ano que vem.

Ligado ao Zeca do PT (lembra? O ex-governador, acusado pelo MP de um esquema gigante de desvio de verbas), já foi investigado pelo Ministério Público devido a suspeitas de que ele teria desviado dinheiro público para realização de campanha, com a ajuda de duas gráficas.
O senador nega essas irregularidades.

Mais recentemente, Amaral foi citado como um dos beneficiados pelos atos secretos do Senado, o que transferiu Lia Raquel Vaz de Souza do gabinete de Demóstenes Torres (DEM-GO) para o do senador do PT. Ambos negam conhecer a funcionária.

Provável candidato ao governo do Mato Grosso do Sul, é outro que tenta se justificar pelo Twitter (@delcidio). E também teve uma desavença com Marina Silva, devido a uma usina de cana no Pantanal.

Esse é sacana mesmo. Ele não tem carreira, só ficha corrida. Tem tanta sujeira que precisaria de um blog próprio só para contar no que ele está metido.

O vice-presidente do Conselho de Ética é outro que entrou no Senado pela suplência, depois que Joaquim Roriz renunciou após acusações de negociar dinheiro de origem ilícita com o ex-presidente do BRB (Banco de Brasília) Tarcísio Franklin de Moura, preso pela Polícia Civil na Operação Aquarela. Argello também foi investigado nessa mesma operação.

Mas alguém tem algo contra ele? Sim. Em um relatório de uma auditoria do Tribunal de Contas do DF nas verbas indenizatórias de deputados distritais, notas fiscais de compra de combustível apresentadas por Gim Argello e outros deputados estavam em sequência; notas fiscais estas com valores altos (mas o Distrito Federal não é a menor unidade da Federação?).

Ora, mas é só isso? Não mesmo. A ficha corrida do nobre senador é longa e envolvem apropriação indébita, peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Comecemos com a acusação de ter recebido 300 lotes (Argello é corretor de imóveis) para facilitar a regularização de um condomínio, na época que era Deputado Distrital. O caso gerou uma ação popular (2002.01.1034497-2).

Além disso, seu nome também foi envolvido no Mensalão (lembra do Valerioduto?), de 2005. Na época, a SMP&B, de Marcos Valério, era a agência publicitária da Câmara Legislativa Distrital, do qual recebeu mais de R$10 milhões. Argello foi quem publicou o edital de licitação. Acontece que a mesma SMP&B pagou viagens para Belo Horizonte para o então deputado. Outra denúncia da época de deputado distrital, é a de que ele tenha provocado um prejuízo de R$ 1,7 milhões aos cofres da Câmara Legislativa por meio de contratos de informática.

Devido as acusações de grilagem e todas as outras falcatruas envolvendo imóveis, o nobre senador é conhecido pelos adversários por "Gim das Terras". Mais sobre ele:


Nenhum comentário: